Novas Regras do Governo para Renegociação de Dívidas Rurais: O Que Você Precisa Saber e Como Proteger Suas Terras
Novas Regras do Governo para Renegociação de Dívidas Rurais: O Que Você Precisa Saber e Como Proteger Suas Terras
Governo federal publica novas regras para renegociação de dívidas rurais no RS
Quem pode renegociar as dívidas
Quem não pode renegociar
Infelizmente,
as dívidas rurais de anos anteriores não estão incluídas nessa renegociação.
Agricultores que já estavam com dívidas vencidas até 1º de maio de 2024 só
podem renegociar as novas dívidas se regularizarem as antigas.
Também
ficam de fora os agricultores que têm seguro rural ou Proagro (Programa de
Garantia da Atividade Agropecuária), ou que não seguiram as regras do Zarc
(Zoneamento Agrícola de Risco Climático). Além disso, dívidas ligadas à
participação em cooperativas de produção também não podem ser renegociadas.
Como funciona a renegociação
Para
renegociar dívidas de custeio, o agricultor pode apresentar uma declaração
pessoal de perdas ou um laudo técnico. Com a declaração pessoal, ele pode
liquidar suas dívidas com um desconto de até 30% (limitado a R$ 20 mil) ou
renegociar com um desconto de 24% (limitado a R$ 16 mil). Se apresentar um
laudo técnico, os descontos podem chegar a 50% para liquidação ou 40% para
renegociação.
Para
dívidas de investimento, os descontos são menores: até 30% (limitado a R$ 5
mil) para liquidar e 24% (limitado a R$ 4 mil) para renegociar com a declaração
pessoal. Com o laudo técnico, o desconto pode ser de até 50% para liquidar ou
40% para renegociar.
Regras para cooperativas e grandes perdas
Agricultores
que tiveram perdas de 60% ou mais por causa das enchentes podem ter descontos
maiores, mas precisarão passar por uma Comissão Especial de Análise, que ainda
será formada por representantes dos ministérios.
Os
contratos renegociados poderão ter prazos de pagamento estendidos por até
quatro anos, começando a pagar em 2025. Para dívidas de investimento, o prazo é
de até 12 meses, podendo incluir parcelas de 2025.
O que diz a Fetag-RS
A
Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag-RS)
disse que as novas regras são um passo positivo, mas ainda insuficientes. Eles
acreditam que a prorrogação de quatro anos não é suficiente para que os
produtores rurais se recuperem totalmente e que a exclusão de agricultores com
Proagro ou seguro rural é um problema.
A
Fetag-RS também critica o processo de avaliação por uma comissão para aqueles
com grandes perdas, pois isso pode atrasar a ajuda. Eles destacam a necessidade
de mais medidas para ajudar os agricultores que estão endividados devido às
estiagens dos últimos anos.
Nossa Posição:
Embora o decreto do governo seja um avanço para os produtores rurais afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul, entendemos que ele não oferece a melhor solução para todos os casos. A Medida Provisória impõe limitações que podem deixar muitos agricultores ainda vulneráveis, especialmente aqueles com dívidas anteriores ou que não se enquadram nos critérios estabelecidos.
No escritório SM | Sarmento Marzari – Advogados, acreditamos que a Ação de Prorrogação de Dívida no Judiciário é uma alternativa mais robusta. Por meio dessa ação, é possível obter uma prorrogação com prazo de carência e parcelamento estendido, além de suspender leilões de terras que os bancos estejam executando. Essa abordagem oferece uma proteção mais ampla e personalizada para os produtores rurais, ajudando a garantir que eles possam continuar suas atividades sem perder suas propriedades.
Estamos à disposição para discutir como essas opções podem se aplicar ao seu caso específico e ajudá-lo a escolher a melhor estratégia para proteger seu patrimônio e garantir a continuidade de suas operações.
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